No dia de São Nunca
No dia de São Nunca
AUTORIDADES MARAVILHOSAS (No dia de São Nunca)
(Antônio Fernando Saraiva Moura*)
O Brasil foi submetido a uma cena estarrecedora há alguns dias. Uma quadrilha
rendeu uma família que seguia de carro, obrigou todos a descerem do veículo e roubou o
mesmo. Forçaram a barra para que todos saíssem o mais rápido possível do automóvel. Na
pressa, o membro mais novo da família, um garoto de apenas seis anos, ficou preso ao cinto
de segurança e os bandidos saíram com o veículo, arrastando a criança por sete quilômetros,
14 ruas e 10 minutos. Isso aconteceu num bairro da Cidade Maravilhosa dotado de delegacias,
Corpo de Bombeiros e outras (neste caso) inutilidades.
Foi um dos latrocínios mais atrozes e violentos que a imprensa teve o prazer de exibir e a Ilha de Vera Cruz a infelicidade de ver.
Cada vez que acontece uma barbárie “além do ‘normal’”, a sociedade se comove e discute a criação de leis mais severas. As autoridades dizem que “este não é o momento para alterar leis, pois os ânimos estão exaltados”.
Depois de tantos anos de corrupção, quadrilhas dentro dos três podres poderes, violência, impunidade e brechas de todo tamanho nas leis, quando será que as “autoridades
maravilhosas” vão achar que chegou o momento?
Creio que, a julgar pela indiferença, pelo descaso e pela frieza de nossos governantes
para com o povo, esse dia já está escrito nas estrelas: É o dia de SÃO NUNCA!
ARACATI, 16 de fevereiro de 2007
(*) Cientista da Religião e pós-graduado em Língua Portuguesa: Leitura e Produção de Texto.
AUTORIDADES MARAVILHOSAS (No dia de São Nunca)
(Antônio Fernando Saraiva Moura*)
O Brasil foi submetido a uma cena estarrecedora há alguns dias. Uma quadrilha
rendeu uma família que seguia de carro, obrigou todos a descerem do veículo e roubou o
mesmo. Forçaram a barra para que todos saíssem o mais rápido possível do automóvel. Na
pressa, o membro mais novo da família, um garoto de apenas seis anos, ficou preso ao cinto
de segurança e os bandidos saíram com o veículo, arrastando a criança por sete quilômetros,
14 ruas e 10 minutos. Isso aconteceu num bairro da Cidade Maravilhosa dotado de delegacias,
Corpo de Bombeiros e outras (neste caso) inutilidades.
Foi um dos latrocínios mais atrozes e violentos que a imprensa teve o prazer de exibir e a Ilha de Vera Cruz a infelicidade de ver.
Cada vez que acontece uma barbárie “além do ‘normal’”, a sociedade se comove e discute a criação de leis mais severas. As autoridades dizem que “este não é o momento para alterar leis, pois os ânimos estão exaltados”.
Depois de tantos anos de corrupção, quadrilhas dentro dos três podres poderes, violência, impunidade e brechas de todo tamanho nas leis, quando será que as “autoridades
maravilhosas” vão achar que chegou o momento?
Creio que, a julgar pela indiferença, pelo descaso e pela frieza de nossos governantes
para com o povo, esse dia já está escrito nas estrelas: É o dia de SÃO NUNCA!
ARACATI, 16 de fevereiro de 2007
(*) Cientista da Religião e pós-graduado em Língua Portuguesa: Leitura e Produção de Texto.